DA GRAMÁTICA AO DISCURSO: PERSPECTIVAS INTERACIONISTAS PARA O ENSINO DE PRODUÇÃO TEXTUAL

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Resumo

Este artigo discute a produção textual na educação básica à luz da concepção sociointeracionista da linguagem, destacando a centralidade dos gêneros discursivos no ensino de Língua Portuguesa e a necessidade de superar práticas escolarizadas centradas exclusivamente na gramática normativa. Fundamentado em Bakhtin (2003, 2006), Vygotsky (1984, 1991), Dolz e Schneuwly (2004), bem como em documentos oficiais, o estudo analisa criticamente o percurso histórico do ensino de língua no Brasil, evidenciando a passagem de uma abordagem estrutural para uma perspectiva discursiva, situada e social. Argumenta-se que a escrita deve ser compreendida como prática de linguagem, processo autoral e instrumento de participação social, demandando metodologias que integrem leitura, produção e análise linguística em situações reais de comunicação. A discussão inscreve-se no campo da Linguística Aplicada, sobretudo em vertentes sociointeracionistas voltadas ao ensino de língua. Conclui-se que a adoção de sequências didáticas e o trabalho sistematizado com gêneros fortalecem a autoria discente, a interpretação crítica e o uso social da escrita, contribuindo para a formação de sujeitos letrados, responsáveis e protagonistas.

Biografia do Autor

  • Juliane Alves de Sousa, Universidade Pitágoras Unopar Anhanguera - UNOPAR

    Doutoranda  em Ensino pela Universidade Norte do Paraná (Unopar).

    Mestre em Metodologias para o Ensino de Linguagens e Suas Tecnologias (Universidade Norte do Paraná (Unopar)

    Professora dos Anos Iniciais-Secretaria Municipal de Educação de Londrina (SME, Londrina, Paraná, Brasil.  

  • Nayhara Ferreira Rocha, Universidade Pitágoras Unopar Anhanguera - UNOPAR

    Mestranda Metodologias para o Ensino de Linguagens e suas Tecnologias da Universidade Pitágoras Unopar: Londrina (PR)

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Publicado

2025-12-23

Edição

Seção

Artigos Científicos