DIMENSÕES GEOGRÁFICAS DA NECROPOLÍTICA DO VÍRUS

Autores

  • Aiala Colares Couto Universidade do Estado do Pará

DOI:

https://doi.org/10.56814/geosertoes.v5i9.1440

Palavras-chave:

Necropolítica. Pandemia. Capitalismo

Resumo

A crise global de saúde pública que o “novo” Coronavírus provocou na estrutura das políticas neoliberais dos Estados nacionais não confirma o fim do capitalismo ou o esgotamento de um sistema econômico. O objetivo deste ensaio é apresentar uma reflexão analítica acerca das dimensões geográficas que a necropolítica produziu a partir do projeto de modernidade e que estão sendo reforçadas com a pandemia. A metodologia utilizada para a produção desse texto se fundamentou na pesquisa bibliográfica e revisão da literatura, portanto, destacamos que os efeitos mortíferos do SARS-II, complementam as ações genocidas do necrocapitalismo de Estado, pois elas atingem principalmente aos grupos mais vulneráveis da periferia do mundo globalizado. Por fim, a crise de surto pandêmico desta segunda década do século XXI em meio a um contexto de incerteza nos dá a certeza da urgência em construirmos um projeto de humanidades melhor do que este que se fundamenta em uma sociedade do consumo.       

 

Biografia do Autor

  • Aiala Colares Couto, Universidade do Estado do Pará
    Geógrafo. Dputor em Ciências do Desenvolvimento Socioambiental (NAEA-UFPA). Professor Assitente IV da Universidade do Estado do Pará.   

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Publicado

2020-06-30

Como Citar

DIMENSÕES GEOGRÁFICAS DA NECROPOLÍTICA DO VÍRUS. (2020). Revista GeoSertões, 5(9), 15-29. https://doi.org/10.56814/geosertoes.v5i9.1440