A GEOGRAFIA CRÍTICA NAS EXPERIÊNCIAS DO PIBID
DOI:
https://doi.org/10.56814/geosertoes.v5i10.1653Palabras clave:
PIBID, Tendências críticas de ensino Geografia, Currículo, Lugar social do estudante.Resumen
Esta pesquisa teve como objetivo principal apresentar algumas práticas desenvolvidas no período considerado para esse estudo, (2012 a 2020) com o Programa de iniciação à docência PIBID na Universidade Estadual da Paraíba – UEPB e Universidade Federal de Campina Grande - UFCG no que concerne a formação inicial embasada nas tendências críticas de ensino de Geografia, com destaque para método dialético que, pelo menos no nível das intenções, a nosso ver, deveria se materializar e difundir-se no currículo da escola básica, através da dimensão crítica na Geografia escolar. Foram desenvolvidos diversos projetos de intervenção e/ou colaboração, a partir da articulação entre as temáticas do currículo escolar e o lugar social dos discentes e docente, objetivando articular as diversas escalas geográficas à escala local, possibilitando a construção de conhecimentos significativos e uma maior compreensão da realidade, visando estimular a transformação social e a participação cidadã. Para elaboração deste artigo foram analisados os relatórios dos subprojetos Geografia para o período já assinalado e os relatos de experiência dos autores na coordenação das atividades dos referidos subprojetos. As bases teóricas da pesquisa se ligam a espacialidade geográfica, esta concebido numa visão crítica, a exemplo da totalidade e do lugar social, debatidos por vários geógrafos representantes da Geografia Crítica, como Milton Santos, Armando Correia da Silva e Lana de Souza Cavalcanti por exemplo, cujas obras fundamentaram as pesquisas em ensino de Geografia. A pesar disso, nota-se que o programa vem sofrendo, nos últimos anos, um desmonte em suas concepções e ações o que tem acarretado em enorme retrocesso político-educacional e operacional.
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