A PRODUÇÃO CAPITALISTA DA NATUREZA E A TEORIA DO VALOR-TRABALHO: EM BUSCA DOS ELOS NECESSÁRIOS PARA A COMPREENSÃO DO CAPITALISMO CONTEMPORÂNEO
DOI:
https://doi.org/10.56814/geosertoes.v5i9.1426Palabras clave:
Geografia Humana, Epistemologia da GeografiaResumen
O artigo procura fazer uma reflexão crítica acerca da teoria do valor e da produção capitalista da natureza. Para isso, abordamos o movimento de transformação da natureza em mercadoria no escopo da teoria do valor-trabalho marxista. Em um primeiro momento, procuramos demonstrar que a história do desenvolvimento do capitalismo é marcada por um movimento de expansão do mundo da mercadoria, promovendo a transição de um espaço produzido como obra (valor de uso) para um espaço produzido como produto (valor de troca). Em um segundo momento, percebemos que a produção de conhecimento ganhou uma importância estruturante nas formas de uso, controle e apropriação capitalista da natureza. Porém, a ciência, a tecnologia e o conhecimento tradicional (o trabalho intelectual) não são incorporados diretamente na produção do valor e no movimento de reprodução do capital. Por isso, apontamos para a necessidade de desenvolver uma teoria do valor, capaz de compor e integrar as dimensões da cultura, da economia e da ecologia e que consiga expressar os novos usos e apropriações capitalistas da natureza.
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