O HETERODISCURSO EM TRISTE FIM DE POLICARPO QUARESMA
DOI:
https://doi.org/10.56814/lel.v2i2.472Resumo
RESUMO: A relação entre os estudos da Linguística e da Literatura deve ser vista com muita naturalidade, pois a premissa básica de que a arte literária é construída, essencialmente ou em boa parte, pela linguagem carregada por práticas discursivas parece ser pouco refutável. Ao corroborar essa ideia, o presente artigo tem o objetivo de analisar aspectos discursivos, sobretudo relacionados à presença do heterodiscurso (conceito postulado pelo filósofo russo Mikail Bakhtin), no romance Triste Fim de Policarpo Quaresma do escritor Lima Barreto. A análise do corpus parte do princípio de que linguagem e discurso são componentes intrínsecos e inerentes um ao outro. Logo, o interno da obra dialoga com o externo numa relação de complementariedade. Perceber e revelar essas nuances dialógicas é o cerne deste trabalho. Como aportes teóricos, têm-se Bakhtin (2015), Maingueneau (2009), Brait (2005, 2017), entre outros. Com isso, espera-se trazer alguma contribuição para discussões teóricas que rompam o hiato entre Literatura e Linguística.
PALAVRAS-CHAVE: Bakhtin. Heterodiscurso. Romance. Lima Barreto.
Referências
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