A PROPOSTA DE CALKINS PARA O ENSINO DA ESCRITA NA ESCOLA: PERCEPÇÃO DE PROFESSORES E ESTUDANTES DO CURSO DE LETRAS
DOI:
https://doi.org/10.56814/lel.v1i1.1792Resumo
Esse artigo apresenta a percepção de professores e alunos do Curso de Letras sobre a abordagem metodológica de ensino dos processos que envolvem a produção escrita, bem como a validade de sua aplicação no cotidiano das escolas cearenses. Parte-se de uma breve discussão sobre as questões envolvidas no processo de produção de textos e o tratamento dado ao ensino da escrita em aulas de Língua Portuguesa. À luz dos pressupostos teóricos apresentados por Bakhtin (2006), Meurer (1997), Marcuschi (2008) e Calkins (1989), busca-se refletir sobre os processos metodológicos envolvidos na construção do texto. Apresenta-se a abordagem de Calkins (1989) para o ensino da escrita que, diferentemente do que se presencia em muitas escolas, envolve a escolha do tópico de escrita, preparação do esboço inicial, reescrita, revisão e edição, processos mediatizados pela contribuição do leitor através de conferências de escrita. Além desses processos, incluem-se a fundamental contribuição do professor ao desenvolver em seus alunos a consciência de autor de seus textos como elemento motivador e valorizador do seu dizer, como também o uso de ferramentas tecnológicas, como: editor de textos, corretor ortográfico e dicionário de sinônimos. Percebeu-se que, ao adotar esses parâmetros de ensino, a escrita do aluno revela a expressão da subjetividade e da autoria, propósito almejado para a formação de um escritor proficiente. Os cursistas puderam se descobrir enquanto escritores, sentiram-se motivados não só a aplicar a proposta em suas salas de aula, como também a continuar escrevendo.
PALAVRAS-CHAVE: Cognição. Letramento. Ensino. Escrita.
Referências
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