ALFABETIZAÇÃO DE SURDOS: POR UMA PRÁTICA ALINHADA AO MODELO IDEOLÓGICO DE LETRAMENTO
DOI:
https://doi.org/10.56814/lel.v3i1.1013Resumo
Atualmente, descrever o cerne do processo de alfabetização de surdos no Brasil é uma tarefa complexa, pois vários fatores estão envolvidos. Dentre eles, podemos citar o hibridismo entre alfabetismo e letramento, contexto educacional bilíngue e avanços no estudo da estrutura da língua de sinais brasileira. Neste cenário, o presente artigo tem como objetivo fazer uma discussão exegética do processo de alfabetização, buscando uma descrição que transcende o sistema de escrita alfabético, inserindo essa concepção dentro dos Estudos do Letramento, o qual envolve diferentes fatores que vão além das instituições formais. Para sustentar este embate, traremos os pressupostos clássicos do fenômeno abordado, tais como Soares (1998; 2003), Kleiman (1995) e Street (2000; 2003). Como metodologia, faremos uma revisão bibliográfica, abordando o escopo dos apontamentos destes autores. Diante disto, nesse trabalho, buscamos enquadrar o alfabetismo como um tipo de prática de letramento, que engloba elementos tanto da modalidade linguística quanto culturais. Nessa visão, o processo de alfabetização representa não apenas a introdução do surdo no mundo da leitura e escrita, mas acima de tudo, representa um incremento nas possibilidades de inserção social desses sujeitos.
Palavras-chave: Alfabetização de surdos. Letramento. Língua de sinais brasileira (LSB).
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