AS RUGOSIDADES DO COMÉRCIO ALGODOEIRO NO ESPAÇO URBANO ATUAL DE CAMPINA GRANDE-PB

Autores

  • Paulo Sérgio Cunha Farias Universidade Federal de Campina Grande- UAEd-CH
  • Antonio Albuquerque da Costa Universidade Estadual da Paraíba - UEPB

DOI:

https://doi.org/10.56814/geosertoes.v2i4.548

Palavras-chave:

Geografia, algodão, comercialização, paisagem urbana, rugosidades espaciais, Campina Grande-PB.

Resumo

Entre o último cartel do século XIX e a primeira metade do século XX, as funções de beneficiamento e distribuição do algodão, combinadas com a condição de ponta de trilho com localização geográfica privilegiada, fizeram de Campina Grande uma dos principais empórios de comercialização do algodão do país e do mundo. Isso contribuiu, sobremaneira, para um conjunto de transformações espaciais pelas quais a cidade passou, vislumbradas pela imposição de novos objetos e novas ações ao seu arranjo geográfico. O objetivo desse artigo é o de analisar as rugosidades geográficas desse período que permanecem no espaço urbano campinense atual. Para isso, vale-se dos resultados de pesquisas realizadas, pelos autores, e que focalizaram parte da temática desse texto (FARIAS, 2014 e COSTA, 2003). Por fim, conclui-se que as marcas do fausto período algodoeiro ainda podem ser percebidas pelas rugosidades socioespaciais que pontuam a paisagem campinense, algumas “viúvas” (sem função atualmente) e outras preenchidas por novas funções sociais que caracterizam a dinâmica econômica da cidade no presente.

Biografia do Autor

  • Paulo Sérgio Cunha Farias, Universidade Federal de Campina Grande- UAEd-CH
    Graduação em Geografia pela UEPB, mestre e doutor em Geografia pela  UFPE.

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Publicado

2017-12-31