CARACTERIZAÇÃO TERMOHIGROMÉTRICA EM ESPAÇOS ABERTOS DE LAZER: UMA ANÁLISE DO PERÍODO SECO EM PRAÇAS E PARQUES URBANOS NA CIDADE DE SOBRAL-CE

Autores

DOI:

https://doi.org/10.56814/geosertoes.v7i13.1895

Palavras-chave:

Clima Urbano, Conforto Térmico, Análise Microclimática.

Resumo

O contexto de Pandemia fez com que muitos espaços abertos de lazer fossem ressignificados e valorizados. Contudo, o desconforto térmico característico do período seco na cidade de Sobral-CE pode representar um desafio na utilização de tais espaços. Assim, a presente pesquisa objetivou realizar uma caracterização termohigrométrica e avaliação do conforto térmico humano em cinco espaços abertos de lazer localizados na cidade de Sobral-CE no período seco, bem como analisar possíveis influências físico-naturais e materiais-humanas nestes espaços, que podem oferecer alguma influência em tal caracterização termohigrométrica. Foram utilizados mini abrigos meteorológicos convencionais de madeira, na cor branca e com entradas laterais e frontal para a devida entrada de ventilação e radiação solar difusa, além de termo-higrômetros portáteis com sensor externo posicionados nos abrigos. Os registros horários foram realizados a partir das 6:00h do dia 14 de outubro de 2021, sendo o último registro realizado às 20:00h do referido dia. Para avaliar o Conforto Térmico Humano, utilizou-se o Diagrama de Conforto Humano do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), onde o cruzamento dos registros de temperatura e umidade permitiram avaliar a condição local em diferentes horários. Identificou-se um maior desconforto térmico no ponto de maior adensamento urbano e menor presença de vegetação (Praça de Cuba), enquanto que em outros pontos, com maior densidade de vegetação e presença de corpos hídricos, observou-se menor sensação de desconforto, influenciando no microclima e evidenciando assim a importância da manutenção dos espaços verdes e corpos hídricos na cidade de Sobral, caracterizada pela condição de semiaridez.

 

Biografia do Autor

  • Francisco Igo Costa Paiva, Universidade Estadual Vale do Acaraú
    Graduando do Curso de Licenciatura em Geografia da Universidade Estadual Vale do Acaraú e Bolsista do Programa de Bolsa de Produtividade em Pesquisa, Estímulo à Interiorização e à Inovação Tecnológica (BPI) da Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FUNCAP).
  • Francisca Janária Moreira Silva, Universidade Estadual Vale do Acaraú
    Graduanda do Curso de Licenciatura em Geografia da Universidade Estadual Vale do Acaraú e Bolsista do Programa de Bolsa de Produtividade em Pesquisa, Estímulo à Interiorização e à Inovação Tecnológica (BPI) da Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FUNCAP).
  • Jander Barbosa Monteiro, Universidade Estadual Vale do Acaraú
    Professor Adjunto da Universidade Estadual Vale do Acaraú e Docente Permanente do Mestrado Acadêmico em Geografia (MAG-UVA)

Referências

CARACRISTI, I. Estudo Integrado do Clima da Região do Médio Curso do Rio Acaraú: uma análise geográfica do clima local. Revista Essentia, Sobral, v.1, n.1, 2000.

FREITAS, Lorena Cavalcante Lima de. O clima no espaço intra-urbano do Distrito sede de Aquiraz-CE na perspectiva termodinâmica: episódios sazonais contrastantes. 2012. Dissertação (Programa de Pós-Graduação em Geografia) – Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2012.

FREITAS, R. Entre mitos e limites: as possibilidades do adensamento construtivo face à qualidade de vida no ambiente Urbano. 2005. Tese (Curso de Douto¬rado em Arquitetura) - Universidade Federal do Rio Gran¬de do Sul, Porto Alegre, 2005.

INTERGOVERNMENTAL PANEL ON CLIMATE CHANGE (IPCC). Global Warming of 1.5°C. 2018. Disponível em: <https://www.ipcc.ch/site/assets/uploads/sites/2/2019/06/SR15_Full_Report_High_Res.pdf>. Acesso em: 29 out. 2021

MARENGO, José A. Vulnerabilidade, impactos e adaptação à mudança do clima no semiárido do Brasil. Parcerias estratégicas, Brasília-DF vol. 13, n. 27, p. 149-176, 2008.

MONTEIRO, Carlos Augusto de Figueiredo. Teoria e Clima Urbano. São Paulo: USP/IG, 1976. 181p.

MONTEIRO, Carlos Augusto Figueiredo; MENDONÇA, Francisco de Assis (org). Clima Urbano. São Paulo: Contexto, 2003.

MUNIZ, Francisco Gerson Lima; CARACRISTI, Isorlanda. As Transformações Urbanas e a Sazonalidade: Produtores do Conforto Térmico do Centro da Cidade de Sobral – CE. Geografia, Ensino & Pesquisa, Vol. 22, 2018, p.1 – 12. Disponivel em: https://periodicos.ufsm.br/geografia/article/view/27312. Acesso em: 20 de janeiro de 2022.

MUNIZ, Francisco Gerson Lima; CARACRISTI, Isorlanda. Urbanização, Conforto Térmico e Análise Sazonal Microclimática da Cidade de Sobral (CE). Revista da Casa da Geografia de Sobral/CE, v.17, n.1, p. 4-17, 2015. Disponivel em: https://dialnet.unirioja.es/descarga/articulo/5024723.pdf. Acesso em: 22 de janeiro de 2022.

ONU prevê que cidades abriguem 70% da população mundial até 2050. Onu News, 19 fev. 2019. Disponível em: https://news.un.org/pt/story/2019/02/1660701. Acesso em: 01 de abr. 2022.

PBMC, 2016: Mudanças Climáticas e Cidades. Relatório Especial do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas [Ribeiro, S.K., Santos, A.S. (Eds.)]. PBMC, COPPE – UFRJ. Rio de Janeiro, Brasil. 116p. ISBN: 978-85-285-0344-9.

SILVA, Liliane Flávia Guimarães da; SOUZA, Lucas Barbosa e. Seleção de anos-padrão para análise rítmica em estudos de conforto térmico: uma proposta de “confortogramas” a partir de índices. Revista Brasileira de Climatologia, Curitiba, v. 20, n.1, p.52-79, 2017.

THOM, Earl Crabill. The Discomfort Index. Weatherwise, v. 12, n. 2, p. 57-61, 1959.

Downloads

Publicado

16-10-2023

Como Citar

CARACTERIZAÇÃO TERMOHIGROMÉTRICA EM ESPAÇOS ABERTOS DE LAZER: UMA ANÁLISE DO PERÍODO SECO EM PRAÇAS E PARQUES URBANOS NA CIDADE DE SOBRAL-CE. (2023). Revista GeoSertões, 7(13), 10-33. https://doi.org/10.56814/geosertoes.v7i13.1895