Prevalência e fatores de riscos relacionados a comportamentos suicidas em profissionais do sexo

Autores

  • Maria Rita Pereira de Almeida
  • Alana Dias Alves
  • Ellen Karyne de Sousa Santana
  • Heloisa Roberta Liandro Alves
  • Nara Maria Holanda de Medeiros
  • Milena Nunes Alves de Sousa

Resumo

Introdução: O estigma, o abuso físico e sexual e outras violações específicas são experiências altamente prevalentes entre os trabalhadores do sexo, o que pode causar sofrimento físico e mental. Objetivo: Identificar a prevalência e dos fatores de riscos relacionados a comportamentos suicidas em profissionais do sexo, tendo em vista a vulnerabilidade social desse grupo. Método: Este estudo é uma revisão integrativa de literatura. A priori, foi determinada a seguinte questão de pesquisa: “Qual a prevalência e os fatores de risco relacionados a comportamentos suicidas entre profissionais do sexo?”. A posteriori, os subsequentes Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) foram aplicados: “Suicide” e “sex workers”, os quais foram combinados com o operador booleano (AND), nas plataformas National Library of Medicine, Science Direct, Portal de Periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, Literatura Latino-americana e do Caribe, Scientific Eletronic Library Online, BioMed Central, Business Source Complete e WorldWideScience. Foram selecionados 19 artigos relacionados ao objeto de estudo. Resultados: A prevalência de suicídio em profissionais do sexo foi classificada em três categorias, sendo elas: tentativas de suicídio, com predominância de 31,57% (n=6), ideação suicida com 15,78% (n=3) e o risco de suicídio com prevalência de 5,26% (n=1). Os riscos de comportamentos suicidas foram associados a diversos fatores, sobretudo a violência (47,36%; n=9), depressão (26,31%; n=5) e a pobreza (15,78% / n=3). Conclusão: A saúde mental de profissionais do sexo é altamente comprometida, prejudicando as mais variadas atividades, não só pela alta prevalência de condutas suicidas, mas também pela elevada vulnerabilidade social e a exposição a fatores de risco, necessitando, portanto, de um olhar social mais reflexivo e crítico a respeito da fragilidade emocional que essas pessoas marginalizadas se encontram.

Publicado

2024-07-15 — Atualizado em 2024-07-16

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