Desafiando a filosofia na EJA: relato de experiência na educação
DOI:
https://doi.org/10.24219/rpi.v2i2.0.307Resumo
O presente artigo surgiu de uma experiência profissional da Professora Thamiris, com o ensino de educação de jovens e adultos com os alunos de Filosofia e Sociologia, para um trabalho avaliativo do curso de pós-graduação em docência do ensino superior e tecnológico na Faculdade Sul Fluminense.
Quando se foi proposto fazer um artigo a partir da ideia de como você vê a filosofia da educação atual, foi estabelecido uma problematização baseado nos discursos dos próprios alunos participantes desta modalidade de ensino. Na lei de diretrizes e bases da educação nacional LDB, na seção IV que se trata do ensino médio, no artigo 36, parágrafo quarto, fica estabelecido que seja incluída a Filosofia e a Sociologia como disciplinas obrigatórias em todas as séries do ensino médio (Incluído pela Lei nº 11.684, de 2008), que determina que as propostas pedagógicas de escolas com organização curricular flexível, não estruturada por disciplinas, deveriam assegurar tratamento interdisciplinar e contextualizado, visando ao domínio de conhecimentos de Filosofia e Sociologia necessários ao exercício da cidadania. E que, no caso de escolas com, no todo ou em parte, organização curricular estruturada por disciplinas, deveriam ser incluídas as de Filosofia e Sociologia.
O presente trabalho pode contribuir para professores que trabalham na EJA, com o intuito de ajudar a refletir nas diversas formas de se trabalhar um conteúdo, de se avaliar o aluno, de como o professor pode fazer a ponte do conteúdo com a experiência de vida de cada um, construir um novo olhar para esta modalidade de ensino, voltando-se para um ensino informal. Acho relevante escrever sobre este assunto, porque além de ser uma área onde na qual a maioria dos professores costumam usar a educação formal, eles acabam trabalhando tradicionalmente os conteúdos e tratando os alunos como crianças crescidas , onde na qual esta modalidade de ensino deve-se ser trabalhando com um certo cuidado, pois os alunos que estão nesta modalidade optam pela mesma em busca de um ensino de qualidade mas que também o faça sentido.
O que mais me motivou a escrever sobre este tema foi, a surpresa de encontrar meus alunos atuais tão perdidos quanto aos conteúdos de filosofia, me deparar com as dificuldades encontradas nesta modalidade de ensino, e perceber as necessidades dos alunos para com a disciplina e com a EJA.
Diante desses entendimentos, o objetivo desse artigo é descrever os desafios enfrentados por uma professora atuante na Educação de Jovens e Adultos no que tange ao ensino de Filosofia.
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