Estigmatização de pessoas trans no campo da saúde: uma análiseteórico-reflexiva à luz de Pierre Bourdieu

Autores

DOI:

https://doi.org/10.56814/rpi.v8ic.2282

Resumo

Introdução: A estigmatização de pessoas trans no campo da saúde é um fenômeno complexo, sustentado por estruturas simbólicas que operam silenciosamente na reprodução de desigualdades. Este artigo propõe uma análise teórica baseada na sociologia de Pierre Bourdieu para compreender como o habitus profissional e os capitais simbólicos cisnormativos influenciam práticas institucionais que marginalizam identidades trans. Objetivos: Refletir como o habitus profissional, moldado pornormas cisnormativas, contribui para a estigmatização de pessoas trans nos serviços de saúde. Método: As buscas foram realizadas nas bases Scopus, Web of Science, PubMed/MEDLINE e SciELO, selecionadas por sua cobertura interdisciplinar e biomédica. Utilizou-se também o portal ScienceDirect como recurso complementar para acesso a textos completos e identificação dereferências adicionais consideradas relevantes. Resultados: O habitus dos profissionais, influenciadopor experiências sociais cisnormativas, legitima práticas como a negação do nome social, apatologização da transição de gênero e a invisibilidade institucional. Essas condutas refletem normas culturais e estruturas simbólicas que orientam o cuidado em saúde. Protocolos que ignoram adiversidade de gênero operam como formas de violência simbólica institucional. A análise sugere quea transformação dessas práticas exige uma reconfiguração profunda do habitus profissional. Conclusão: A reconfiguração do habitus profissional, por meio de formações críticas e intervençõesinstitucionais que reconheçam os capitais simbólicos trans, é essencial para promover práticas inclusivas. Recomenda-se que pesquisas futuras aprofundem análises empíricas sobre práticas institucionais e realizem estudos comparativos entre campos sociais para compreender a reproduçãoda cisnormatividade.

Biografia do Autor

  • Sabrynna Lustosa de Lira , Universidade federal de campina grande

    Graduanda de enfermagem na universidade federal de Campina Grande, Cajazeiras-PB, campus CFP 

  • Lumena Hellen da Silva , Universidade Federal de Campina Grande

    Graduanda de enfermagem na universidade federal de Campina Grande, Cajazeiras-PB, campus CFP 

  • Anna Beatriz Rodrigues Miguel, Universidade Federal de Campina Grande

    Graduanda de enfermagem na universidade federal de Campina Grande, Cajazeiras-PB, campus CFP 

  • Maria Berenice Gomes Nascimento , Universidade Federal de Campina Grande

    Enfermeira pela Universidade Federal da Paraíba. Doutora em Ciências da saúde pela Faculdade de Medicina do ABC (FMABC).Professora da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG). Membro do Grupo de Pesquisa Laboratório de Tecnologia, Informação, Comunicação em Saúde (LATICS) na sublinha de pesquisa Saúde da Mulher e Hanseniase.

  • Petra Kelly Rabelo de Sousa Fernandes, Universidade Federal de Campina Grande

    Enfermeira. Doutora em Cuidados Clínicos em Enfermagem e Saúde. Docente da Universidade Federal de Campina Grande - UFCG. Cajazeiras, Paraíba, Brasil

  • Marcelo Costa Fernandes , Universidade Federal de Campina Grande

     Doutor. Docente associado do magistério superior. Instituição onde trabalha UFCG 

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Publicado

2025-09-01