Estigmas sociais acerca da tuberculose e o impacto no diagnóstico e tratamento da doença

Autores

DOI:

https://doi.org/10.56814/rpi.v8ic.2281

Resumo

Introdução: A tuberculose é uma doença infecciosa provocada pelo Mycobacterium tuberculosis e transmitida por gotículas expelidas pela fala, espirro ou ao tossir. O estigma social surge a partir da construção de uma visão equivocada sobre a identidade de um indivíduo, considerando-a como inferior ou pertencente a um grupo inferior. Objetivo: Refletir sobre como os estigmas sociais relacionados à tuberculose impactam no diagnóstico e tratamento da doença. Método: Estudo teórico-reflexivo, elaborado a partir da análise da teoria do estigma de Erving Goffman e de produções científicas relacionadas à tuberculose e aos estigmas sociais, disponíveis nas bases de dados Scielo, BVS e PubMed, além de publicações do Ministério da Saúde e da Organização Mundial da Saúde (OMS), que forneceram o embasamento para as reflexões apresentadas. Resultados: O estigma consiste em uma discrepância entre a identidade virtual e real atribuída a um indivíduo, repercutindo em diversos aspectos da vida da pessoa estigmatizada. Uma pessoa com tuberculose enfrenta os estigmas no âmbito social, familiar e no trabalho, como o isolamento do convívio social, discriminação e a perda de emprego. A tuberculose é historicamente marcada por estigmas, sendo atribuída a uma imagem que remete ao medo, vergonha e morte. O desconhecimento da população sobre a doença contribui para disseminação de mitos e para a construção de estigmas. Essas situações favorecem a omissão do diagnóstico, afeta na procura por atendimento para o diagnóstico e na adesão ao tratamento da doença. Conclusão: Evidencia-se as repercussões do estigma na tuberculose, como sendo um obstáculo que afeta na busca pelo diagnóstico e na adesão ao tratamento. Educação em saúde voltadas à desmistificação de aspectos da doença, aliados ao tratamento diretamente observado (TDO) e apoio familiar são fundamentais para quebrar os estigmas e contribuem para o diagnóstico precoce e a adesão ao tratamento, necessários para o controle efetivo da tuberculose.

Biografia do Autor

  • José Matheus Vieira Bezerra, Universidade Federal de Campina Grande

    Graduando em Enfermagem, Universidade Federal de Campina Grande, Cajazeiras, Paraíba, Brasil.

  • Josefa Larissa Tavares da Silva, Universidade Federal de Campina Grande

    Graduanda em Enfermagem, Universidade Federal de Campina Grande, Cajazeiras, Paraíba, Brasil.

  • Kaio César Barros Soares, Universidade Federal de Campina Grande

    Graduando em Enfermagem, Universidade Federal de Campina Grande, Cajazeiras, Paraíba, Brasil.

  • Lara Évilly Leandro da Costa, Universidade Federal de Campina Grande

    Graduanda em Enfermagem, Universidade Federal de Campina Grande, Cajazeiras, Paraíba, Brasil.

  • Maria Vitória Arruda Monteiro, Universidade Federal de Campina Grande

    Graduanda em Enfermagem, Universidade Federal de Campina Grande, Cajazeiras, Paraíba, Brasil.

  • Rayrla Cristina Abreu Temoteo , Universidade Federal de Campina Grande

    Doutora em Enfermagem na Atenção à Saúde pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Docente na Universidade Federal de Campina Grande, Cajazeiras, Paraíba, Brasil.

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Publicado

2025-09-01