Roda de conversa como tecnologia educacional sobre sexualidade em idosos: relato de experiência
DOI:
https://doi.org/10.56814/rpi.v8ic.2279Resumo
Introdução: O envelhecimento populacional traz desafios relevantes para a saúde pública, incluindo a valorização da sexualidade da pessoa idosa, frequentemente marcada por tabus e estigmas. Reconhecer a sexualidade como dimensão essencial da qualidade de vida é fundamental para o envelhecimento saudável, sobretudo diante do aumento de infecções sexualmente transmissíveis entre pessoas idosas. Objetivo: apresentar a realização de uma roda de conversa como tecnologia cuidativo-educacional sobre sexualidade para pessoas idosas. Método: trata-se de um relato de experiência de atividade extensionista realizada em outubro de 2024 por graduandos de enfermagem da Universidade Federal de Campina Grande, vinculados ao grupo de pesquisa Laboratório de Tecnologias de Informação e Comunicação em Saúde. A atividade ocorreu no Serviço Social do Comércio de Cajazeiras - Paraíba, envolvendo docentes, discentes, funcionários e pessoas idosas frequentadoras da instituição. Utilizou-se a dinâmica “verdadeiro ou falso” com afirmações sobre sexualidade e infecções sexualmente transmissíveis, além de explicações dialogadas e uma atividade de fixação em grupos. Resultados: observou-se inicialmente certo receio das pessoas idosas em se posicionar, superado ao longo da dinâmica, que favoreceu interação, troca de experiências e quebra de preconceitos. Identificou-se conhecimento limitado sobre os assuntos abordados, revelado pelas respostas incorretas às afirmações, mas houve grande interesse em aprender e esclarecer dúvidas. A discussão também ampliou a compreensão da sexualidade para além do ato sexual, reconhecendo manifestações afetivas como abraços e beijos. O momento mostrou-se eficaz para estimular reflexões, promover diálogo e fortalecer vínculos. Conclusão: a roda de conversa demonstrou ser uma estratégia educativa acessível e eficaz, permitindo aos idosos ampliar conhecimentos, desconstruir tabus e refletir sobre a vivência da sexualidade de forma saudável e segura, favorecendo o desenvolvimento de competências aos discentes para um cuidado integral, humanizado e culturalmente sensível.
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