Estudos culturais, ensino e diversidades - surdos universitários: reflexão na universidade
DOI:
https://doi.org/10.24219/rpi.v2i2.0.226Resumo
A importância deste artigo é debater as condições oferecidas aos alunos surdos que frequentam o ensino superior, bem como cooperar experiências acadêmicas, para que tenha maior qualidade na realidade atual, visto que as modificações propostas pela política oficial para a educação de surdos em todos os níveis não estão ainda efetivamente inseridas nem as instituições educacionais preparadas para responder às necessidades desses alunos. O objetivo da pesquisa é argumentar e debater sobre a inclusão e a realidade dos níveis e modalidades da educação escolar. Acolher alunos surdos na universidade é um serviço emergencial e prioritário, porém, é um fato real, onde esses sujeitos ainda encaram obstáculos educacionais. Nesse assunto, apresenta-se a pesquisa, cujo tema refere-se à “SurdosUniversitários: reflexão na Universidade”. O número de alunos surdos que cursam o Ensino Superior está expandindo-se cada vez mais, no Brasil. Segundo dados do Ministério da Educação, em 2003, somente surdos cursavam a universidade. Em 2005, aumentou-se para 2.428, entre instituições públicas e privadas (Brasil, 2006). O grande comparecimento de alunos surdos em contextos universitários é contemporâneo, e passa de distintas causas, que podem ser supramencionadas, como o reconhecimento, quando em 1990, do status de língua oral para a língua de sinais; criação de propostas de educação bilíngue de qualidade para surdos; e o trajeto histórico onde as políticas públicas de inclusão focam ao acesso e a participação ativa de pessoas com deficiência em diversas situações sociais. De acordo com o ministro, os dados do censo revelam que a educação superior no Brasil está mais acessível. Dos 5.954.021 estudantes matriculados em 28.671 cursos de graduação presencial e a distância, 2.065.082 são ingressantes e 839.397 estão em instituições federais de ensino superior. Na graduação presencial das instituições públicas, 36.294 ingressos ocorreram por meio de reserva de vagas, principalmente para alunos oriundos de escolas públicas. Além disso, em 2009 foram contadas 20.019 matrículas de estudantes com algum tipo de deficiência (30% com baixa visão, 22% com deficiência auditiva e 21%, física). (Inep.gov.br; acessado em 23/04/2015)
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