Análise da incidência de sífilis congênita no estado da Paraíba entre 2018 e 2022
DOI:
https://doi.org/10.56814/rpi.v7ic.2131Resumo
Introdução: Sífilis congênita é um agravo de notificação compulsória de relevância no cenário brasileiro e mundial. Tal agravo representa risco de abortamento, óbito intrauterino e natimortalidade, devendo ser rastreado de forma ativa em nível de Atenção Primária à Saúde e tratado de forma eficaz a partir do diagnóstico. Objetivo: O presente estudo objetivou analisar a incidência da sífilis congênita na Paraíba, entre 2018 e 2022, bem como investigar variações da incidência entre as três Macrorregiões de Saúde e identificar o perfil sociodemográfico dos casos confirmados. Método: Tratou-se de um estudo ecológico, retrospectivo, observacional, de base populacional e de abordagem quantitativa. Os dados foram obtidos a partir do Sistema de Informações de Agravos (SINAN) e do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC), a partir da base de dados da plataforma do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Resultados: Observou-se, no estado, que a incidência por 1.000 nascidos vivos variou entre 6,28 e 7,78. Na Macrorregião do Sertão / Alto Sertão, a incidência média foi de 3,7 casos por 1.000 nascidos vivos, sendo uma incidência mais baixa que no estado, enquanto as maiores Macrorregiões de Saúde apresentaram incidência mais elevada, 8,12 na Macrorregião de João Pessoa e 7,16 na de Campina Grande. A incidência foi elevada nos municípios de João Pessoa, Campina Grande e Patos, 17,59; 17,4 e 17,27, respectivamente, o que pode refletir uma maior capacidade na identificação dos casos nos municípios sede das Macrorregiões de Saúde, mas evidencia um cenário desafiador em se tratando de esforços para eliminação do agravo. Quanto ao perfil sociodemográfico, a maior parte dos casos (33,23%) ocorreu em mulheres com idade entre 20 e 24 anos, com ensino fundamental incompleto (24,48%) e o caso classificado como sífilis congênita precoce, com diagnóstico antes dos dois anos de idade da criança (91,72%). A maior parte das genitoras que transmitiram sífilis para o feto ou para o bebê realizou pré-natal, mas não foi realizado tratamento do parceiro sexual. Conclusão: Logo, os achados do estudo estão de acordo com aqueles da literatura científica. Destaca-se que mais esforços são necessários para arrefecer a incidência da sífilis congênita e futuramente cogitar sua superação e eliminação.
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- 2024-07-16 (2)
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