OFICINAS PEDAGÓGICAS: CONSTRUINDO CIDADANIA A PARTIR DO DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL
DOI:
https://doi.org/10.24219/rpi.v3i2.1002Resumo
Considerando a crescente ocorrência de problemas ambientais, percebe-se a necessidade da mudança de comportamento e comprometimento a fim de minimizar os impactos das práticas realizadas. Pensando nos problemas com a água, com os mananciais, a fauna e a flora, bens naturais indispensáveis a todos, inclusive para as gerações futuras. A partir desta realidade, a Itaipu Binacional que faz parte da Bacia Hidrográfica do Paraná 3 (BP3), institucionalizou o Programa Cultivando Água Boa (CAB), por meio de Oficinas Pedagógicas. Visando relatar a vivência das agricultoras e dos agricultores, este estudo utilizou-se como suporte a Pedagogia da Autonomia de Paulo Freire, da pesquisa explicativa e participativa para demonstrar as experiências vivenciadas entre os participantes do município de Santa Helena – PR. Evento que ocorreu entre maio e junho de 2016. A partir da oficina pedagógica, onde seus participantes relatam a realidade local, as precariedades com o meio ambiente, estabelece-se o Projeto Carta do Pacto das Águas, onde juntos comprometem-se com as soluções quanto as dificuldades levantadas, e a partir disto, exercem práticas de responsabilidade e comprometimento socioambiental. Observou-se que para o desenvolvimento rural sustentável ser eficiente, a Educação Ambiental é imprescindível, a fim de que as sociedades aprendam a respeitar os limites dos ecossistemas.
Palavras-chave: Problemas Ambientais. Oficinas Pedagógicas. Educação Ambiental. Desenvolvimento Rural Sustentável.
Referências
AHLERT, Alvori. Ação comunicativa e ética no acesso e uso sustentável da água: a experiência do saneamento rural de Marechal Cândido Rondon – Paraná. Horizonte, Belo Horizonte, v. 11, n. 32, p. 1571-1588, out/dez. 2013.
BECKER, D. F. Competitividade: um novo padrão ambiental de desenvolvimento regional. Redes, Santa Cruz do Sul, v. 1, n. 1, p. 107-112, 1996.
BIALSKI, Paula (2006), ‘Emotional tourism. An interpretive study of online hospitality exchange systems as a new form of tourism’. Disponível em: http://www. hospitalityguide.net/hg/wiki/index.php?title=Emotional_Tourism&PHPS ESSID=ca84b9f2d61106e3e9ccccdac48edb12. Acesso em: 08/10/2017.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal: Centro Gráfico, 1988.
BRASIL. Lei n° 9.795 de 27 de abril de 1999. Lei da Política Nacional de Educação Ambiental. Disponível em: http://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/1999/lei-9795-27-abril-1999-373224-norma-pl.html. Acesso em 30/09/2017.
¬¬¬¬______. Decreto n° 4.281/2002. Regulamenta a Lei n° 9.795/1999. Política Nacional de Educação Ambiental. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/2002/d4281.htm. Acesso em 10/10/2017.
CANDAU, V. M. et al. Educação em direitos humanos e formação de professores(as). 1a ed. São Paulo: Editora Cortez, 2015, 232p.
CAZELLA, A. A.; BONNAL, P.; MALUF, R. S. Agricultura familiar: multifuncionalidade e desenvolvimento territorial no Brasil. Rio de Janeiro: Mauad X, 2009.
DIAS, Genebaldo F. Educação ambiental: princípios e práticas. São Paulo, Gaia, 1992.
FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 39. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2009.
GIL, Antonio Carlos. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. e. 6. São Paulo: Atlas. 2008.
GONZALES, Cubelles, El taller de los talleres. Buenos Aires: Indufraf, 1987.
ITAIPU BINACIONAL. Cultivando Água Boa: Programa Socioambiental da Itaipu e parceiros da BP3. Melhor Prática de Gestão das Águas. Prêmio ONU – Água para a Vida. 2015. Melhores Práticas de Gestão das Águas. Disponível em: http://www.cultivandoaguaboa.com.br/o-programa/gestao-participativa. Acesso em 07/10/2017
JACOBI, P. Meio ambiente urbano e sustentabilidade: alguns elementos para a reflexão. In: CAVALCANTI, C. (org.). Meio ambiente, desenvolvimento sustentável e políticas públicas. São Paulo: Cortez, p.384-390. 1997.
______. Educação ambiental, cidadania e sustentabilidade. Cadernos de Pesquisa, n. 118, 189-205, 2003.
LEFF, E. Epistemologia ambiental. São Paulo: Cortez, 2001.
MUNARETTO, L. F.; BUSANELLO, S. Um estudo sobre inserção da educação ambiental nos projetos pedagógicos dos cursos dos CESNORS/UFSM. Ver. Adm. UFSM, Santa Maria, v. 7, 24-39. Setembro 2014.
NASCIMENTO, M. S.; SANTOS, F. P. D. A.; RODRIGUES, V. P.; NERY, V. A. D. S. Oficinas pedagógicas: construindo estratégias para a ação docente – relato de experiência. Rev. Saúde.Com, 3(1), 85-95. 2007.
PATRÍCIO, P. C.; GOMES, J. C. C. Desenvolvimento rural sustentável, planejamento e participação. Revista Nera, Presidente Prudente, n. 21, Jul./Dez. 100-113p. 2012.
SACHS, Ignacy. Estratégias de transição para o século XXI: desenvolvimento e meio ambiente. São Paulo: Studio Nobel, 1993.
SCHNEIDER, S. A abordagem territorial do desenvolvimento rural e suas articulações externas. Sociologias, Porto Alegre, n. 11, Jan./Jun. p. 88-125. 2004.
Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (SEMA). Bacias Hidrográficas do Paraná: séries históricas. Org. Mauri César Barbosa Pereira José Luiz Scroccaro. Curitiba – Paraná. 2010. Disponível em: http://www.meioambiente.pr.gov.br/arquivos/File/corh/Revista_Bacias_Hidrograficas_do_Parana.pdf. Acesso em 07/10/2017.
SORRENTINO, M. De Tbilisi a Tessaloniki, a educação ambiental no Brasil. In: JACOBI, P. et al. (orgs.). Educação, meio ambiente e cidadania: reflexões e experiências. São Paulo: SMA. p.27-32. 1998
TREVISOL, Joviles Vitório. A educação em uma sociedade de risco: tarefas e desafios na construção da sustentabilidade. Joaçaba: UNOESC, p.166. 2003.
VEIGA, J. E. D. Agricultura familiar e sustentabilidade. Cadernos de Ciência e Tecnologia, Brasília, v. 13, n. 3, p. 383-404. 1996.
VEIGA et al. O Brasil rural precisa de uma estratégia de desenvolvimento. Brasília: Convênio Fipe – IICA (MDA/CNDRS/NEAD), 2001.
VIEIRA, E.; VOLQUIND, L. Oficinas de ensino? O quê? Por quê? Como? 4. ed. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2002.