O patrimônio naval e o seu estudo pela Arqueologia: algumas considerações
DOI:
https://doi.org/10.29215/pecen.v4i0.1586Resumen
Nascida do desejo do ser humano de buscar novos horizontes, estreitar relações comerciais e expandir territórios, a arte e a ciência de se deslocar sobre as águas se fez presente na história de pequenas e grandes civilizações às margens de corpos d’água. Atreladas à navegação estão uma série de elementos únicos, endêmicos desse ambiente de chão inconstante, dando origem, em terra e na água, a um amplo e diversificado patrimônio, o naval. Este artigo objetiva apresentar as principais características do patrimônio naval e trazer algumas considerações sobre o estudo desse patrimônio pela Arqueologia.
Palavras chave: Cultura material, comunidade naval, pesquisa arqueológica, Arqueologia Subaquática.
Referencias
Alves T. (2016) Mecanismos de formação de rotas marítimas no Atlântico para os séculos XIX e XX. Jornadas do Mar. Escola Naval. Novos Rumos, Novos Desafios. Almada: Base Naval de Lisboa, 10: 212–221.
Alves T. (2019) Navegações Marítimas Mercantes no Extremo Oriental das Américas-1850-1950. Volume 2. Tese (Programa de Pós-Graduação em Arqueologia). Universidade de Coimbra, Faculdade de Letras, Coimbra, Portugal.
Barros J.D'A. (2009) História da Cultura Material: notas sobre um campo histórico em suas relações intradisciplinares e interdisciplinares. Patrimoniuss: 1–17.
Bettencourt J. & Carvalho P. (2011) A história submersa na baía da Horta: resultados preliminares dos trabalhos arqueológicos no “naufrágio do marfim” (primeiro quartel do século XVIII). O Faial e a Periferia Açoriana nos séculos XV a XIX. Actas do V Colóquio: 139–152.
Bettencourt J., Carvalho P. & Caleja P. (2003) Relatórios dos trabalhos efectuados em 2002 nos sítios de Arade B2 e C no âmbito do projecto ProArade. Lisboa: Centro Nacional de Arqueologia Náutica e Subaquática. 78 p.
Borges B.G. (2011) Ferrovia e modernidade. Revista UFG, 13(11): 27–36.
Clark C. (2005) Coming into the light: the rediscovery and reuse of naval heritage buildings. WIT transactions on the built environment, 79: 33–44. https://doi.org/10.2495/MH050041
Claudino M.F. (2012) Forte de São Lourenço (Olhão): Arqueologia e História de uma Fortificação Moderna. Dissertação (Programa de Pós-Graduação em Arqueologia). Universidade Nova de Lisboa, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Lisboa, Portugal.
Covington R. (2009) Uncovering Yenikapi. Houston: Saudi Aramco World. Volume 60. p. 8–17.
Freire J., Bettencourt J.A., Lopes G., Baptista B. & Baço J. (2012) Valorização do Património Cultural Subaquático de Cascais – Oeiras. O Complexo arqueológico de São Julião da Barra. Jornadas do Mar. Escola Naval. O reencontro com o mar no século XXI. Almada: Base Naval de Lisboa, 8: 348–352.
Goularti Filho A. (2007) Melhoramentos, reaparelhamentos e modernização dos portos brasileiros: a longa e constante espera. Economia e Sociedade, 16(3): 455–489. https://doi.org/10.1590/S0104-06182007000300007
Henry M. (2006) Villes portuaires en mutation. Dissertação (Programa de Pós-Graduação em Geografia). Université de Lausanne, Lausanne.
Hollenback K.L. & Schiffer M.B. (2010) Technology and Material Life (p. 313–332). In: Hicks D. & Beaudry M.C. (Eds). The Oxford Handbook of Material Culture Studies. New York: Oxford University Press. https://doi.org/10.1093/oxfordhb/9780199218714.001.0001
Lima T.A. (2011) Cultura material: a dimensão concreta das relações sociais. Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi - Ciências Humanas, 6(1): 11–23.
Losada R. (2015) Sinopse - Fundeadouro romano em Olisipo. Documentário: Fundeadouro Romano em Olisitpo. Disponível em: https://goo.gl/o0cle8 (Acesso em: 25/03/2015).
Moberg C.A. (1981) Introdução à Arqueologia. Tradução Maria Raquel Henriques da Silva. Lisboa: Edições 70. 227 p.
Monié F. & Vasconcelos F.N. (2012) Evolução das relações entre cidades e portos: entre lógicas homogeneizantes e dinâmicas de diferenciação. Confins, 2012(15): 1–18. https://doi.org/10.4000/confins.7685
Monié F. & Vidal S.M.S.C. (2006) Cidades, portos e cidades portuárias na era da integração produtiva. Revista de Administração Pública, 40(6): 975–995. https://doi.org/10.1590/S0034-76122006000600003
Natal J.L.A. (1991) Transporte, ocupação do espaço e desenvolvimento capitalista no Brasil: história e perspectivas. Ensaios FEE, 12(2): 293–307.
O PUBLICADOR (1869) Attenção. Parahyba do Norte. 5 de maio 1869. 4 folhas, p. 2. Disponível em: http://memoria.bn.br/DocReader/215481/5252 (acesso em: 04/08/2017).
Parker A.J. (1992) Ancient Shipwrecks of the Mediterranean & the Roman Provinces. BAR International Series 580. Oxford, England: Hadrian Books Lts. 547 p.
Pomey P., Kahanov Y. & Rieth E. (2012) Transition from Shell to Skeleton in Ancient Mediterranean Ship-Construction: analysis, problems, and future research. The International Journal of Nautical Archaeology, 41(2): 235–314. https://doi.org/10.1111/j.1095-9270.2012.00357.x
Rambelli G. (2002) Arqueologia até debaixo d’água. São Paulo: Maranta. 159 p.
Rambelli G. (2006) Tráfico e navios negreiros: contribuição da Arqueologia Náutica e Subaquática. Revista Navigator, 2(4): 59–72.
Russo J. (2012) A busca do SS Dago. Portugal: National Geographic. p. 141.
Russo J. (2014) O vapor Britânico SS Dago – 1942. Roteiro da exposição "O Tempo Resgatado ao Mar". Lisboa: Museu Nacional de Arqueologia. p. 146–147.
Saraiva F.R.S. (2006) Novíssimo Dicionário Latino-Português. 12 edição. Rio de Janeiro: Livraria Garnier. 1297 p.
Ticcih - The International Committee for the Conservation of the Industrial Heritage (2013) Carta de Nizhny Tagil sobre o Património Industrial. Jul. 2003. Tradução da responsabilidade da APPI – Associação Portuguesa para o Património Industrial. Disponível em: http://ticcih.org/wp-content/uploads/2013/04/NTagilPortuguese.pdf (Acesso em 12/06/2018).
Vasa Museet (2016) Museo Vasa. Disponível em: http://www.vasamuseet.se/pt (Acesso em 21/06/2016).
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos / Authors who publish in this journal agree to the following terms:
A) Autor(es) e o periódico mantêm os direitos da publicação; os autores concedem ao periódico o direito de primeira publicação, sendo vedada sua reprodução total ou parcial sob qualquer caráter de ineditismo; qualquer utilização subsequente de trechos de manuscritos (e.g., figuras, tabelas, gráficos etc.) publicados na Pesquisa e Ensino em Ciências Exatas e da Natureza deve reconhecer a autoria e publicação original / Author (s) and the journal maintain the rights of publication; the authors grant the journal the right of first publication, being prohibited their total or partial reproduction in any character of novelty; any subsequent use of excerpts from manuscripts (e.g., figures, tables, graphics, etc.) published in Research and Teaching in Exact and Natural Sciences must acknowledge the original authorship and publication.
B) Autores tem o direito de disseminar a própria publicação, podendo, inclusive disponibilizar o PDF final do trabalho em qualquer site institucional ou particular, bem como depositar a impressão da publicação em bibliotecas nacionais e internacionais / Authors have the right to disseminate the publication itself, and may also make available the final PDF of the work in any institutional or private site, as well as depositing the printing of the publication in national and international libraries.