Flora da Serra da Arara: Rubiaceae Juss

Autores/as

  • Aclébia Alves Quaresma UFCG / UFPE
  • Maria do Socorro Pereira UFCG

DOI:

https://doi.org/10.29215/pecen.v4i0.1298

Resumen

A Serra da Arara, localizada na região de Cajazeiras, abriga uma diversidade biológica nunca antes investigada, entretanto, ações antrópicas intensas vêm ameaçando as formas de vida neste ambiente. Assim, este trabalho objetiva realizar o estudo das Rubiaceae ocorrentes na área, contribuindo para o conhecimento da flora regional. O material foi processado seguindo-se as técnicas usuais de herborização e depositado no herbário JPB, sendo as análises dos caracteres morfológicos feitas no Laboratório de Botânica, da Universidade Federal de Campina Grande. A partir de coletas aleatórias produziram-se descrições, uma chave analítica para identificação das espécies, registros fotográficos, indicação da distribuição geográfica e comentários dos táxons. Rubiaceae está representada na Serra da Arara por 10 espécies e sete gêneros, onde Borreria G. Mey., é o mais representativo com três espécies, Tocoyena Aubl. com duas e os demais, Hexasepalum Bartl. ex DC., Oldenlandia L., Richardia L., Spermacoce L. e Staelia Cham., com apenas uma espécie cada. Destaca-se ainda, um novo registro para a Paraíba (Oldenlandia corymbosa L.). Portanto, os presentes dados poderão embasar futuros estudos taxonômicos que auxiliem no desenvolvimento de iniciativas que busquem a preservação, conservação e manutenção da biodiversidade na região.

Palavras chave: Diversidade, Taxonomia, Sertão Paraibano

Referencias

Andersson L. (1992) A provinsional Checklist of Neotropical Rubiaceae. Scripta Botanica Belgica, 1(1): 1–199.

Andersson, L. & Rova, J.H.E. (1999) The rps16 intron and the phylogeny of the Rubioideae (Rubiaceae). Plant Systematics and Evolution, 214: 161–186. https://doi.org/10.1007/BF00985737

Bremer B. (1996) Combined and separate analyses of morphological and molecular data in the plant Family Rubiaceae. Cladistics, 12(1): 21–40. https://doi.org/10.1006/clad.1996.0003

Bremer B. & Eriksson T. (2009) Time tree of Rubiaceae: phylogeny and dating the Family, subfamilies and tribes. International Journal of Plant Sciences, 170(6): 766–793. https://doi.org/10.1086/599077

Cabral E.L. & Bacigalupo N.M. (1999) Estudio de las Especies Americanas de Borreria Series Laeves (Rubiaceae, Spermacoceae). Darwiniana, 37(3-4): 259–277.

Cabral E.L., Miguel L.M. & Salas R.M. (2011) Duos especies nuevas de Borreria (Rubiaceae), sinopsis y clave de las especies para Bahia, Brasil. Acta Botanica Brasilica, 25(2): 255–276. http://dx.doi.org/10.1590/S0102-33062011000200002

Coelho V.P.M., Agra M.F. & Barbosa M.R.V. (2006) Estudo farmacobotânico das folhas de Tocoyena formosa (Cham. & Schltdl.) K.Schum. (Rubiaceae). Revista Brasileira de Farmacognosia, 16(2): 170–177. http://dx.doi.org/10.1590/S0102-695X2006000200007

Cronquist A. (1981) An integrated system of classification. New York: Columbia Universitu Press. 1262 p.

Delprete P.G. & Cortes-B R. (2006) Synopsis of the Rubiaceae of the states of Mato Grosso and Mato Grosso do Sul, Brazil, with a key to genera, and a preliminary species list. Revista Biologia Neotropical, 3(1): 13–96. http://dx.doi.org/10.5216/rbn.v3i1.2813

Delprete P.G. & Jardim J.G. (2012) Systematics, taxonomy and floristics of Brazilian Rubiaceae: an overview about the current status and future challenges. Rodriguésia, 63(1): 101–128. http://dx.doi.org/10.1590/S2175-78602012000100009

Flora do Brasil (2020) – em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: http://floradobrasil.jbrj.gov.br (acesso em: 28/07/2019).

Gadelha Neto P.C. & Barbosa M.R.V. (2007) Composição florística do Monumento Natural Vale dos Dinossauros, Sousa, Paraíba, Brasil (p. 1–19). In: Loiola, M.I.B; Silva, M.A.P.; Barros, L.M. (Orgs). XXX Reunião Nordestina de Botânica. Anais. Crato: Universidade Regional do Cariri.

Gadelha Neto P.C., Lima J.R., Barbosa M.R.V., Barbosa M.A., Menezes M., Pôrto K.C., Wartchow F. & Gilbertoni T.B. (2013) Manual de Procedimentos para Herbários. Recife: Ed. Universitária da UFPE. 53 p.

Gardner G. (1838) XVII. – An account of a Journey to, and a Residence of nearly Six Months in, the Organ Mountains, with Remarks on their Vegetation. Annals of Natural History, 1: 165–181.

IBGE (2017) Divisão Regional do Brasil. Disponível em: https://ww2.ibge.gov.br/home/geocienci as/geografia/default_div_int.shtm?c=1 (Acesso em: 11/08/2019).

Lima I.B. & Barbosa M.R.V. (2014) Composição Florística da RPPN Fazenda Almas, no Cariri Paraibano, Paraíba, Brasil. Revista Nordestina de Biologia, 23(1): 49–67.

Melo A.S. & Barbosa M.R.V. (2007) O gênero Borreria G.Mey (Rubiaceae) na Mata do Buraquinho, João Pessoa, Paraíba. Revista Brasileira de Biociências, 5(2): 627–629.

Mendonça A.C.A.M., Silva M.A.P., Seixas E.N.C. & Santos M.A.F. (2013) Rubiaceae: aspectos ecológicos e reprodutivos. Caderno de Cultura e Ciência, 12(2): 1–13. http://dx.doi.org/10.14295/cad.cult.cienc.v12i2.630

Jung-Mendaçolli S.L. (2007) Rubiaceae (p. 259–446). In: Wanderley M.G.L., Shepherd G.J., Melhem T.S. & Giulietti A.M. (Orgs). Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo. Volume 5. São Paulo: Instituto de Botânica. 523 p.

Martius C.V.P. (1888) (Ed.). Flora Brasiliensis, 6(6): 1–123 p.

Martius C.V.P. (1889) (Ed.). Flora Brasiliensis, 6(6): 124–466.

Mendonza H., Ramirez B.R. & Jimenéz L.C. (2004) Rubiaceae de Colombia: Guía ilustrada de géneros. Bogota: Instituto de Investigación de Recursos Biológicos Alexander von Humboldt. 351 p.

Menezes H.E.A., Brito J.I.B., Santos A.C. & Silva L.L. (2008) A relação entre a temperatura da superfície dos oceanos tropicais e a duração dos veranicos no estado da Paraíba. Revista Brasileira de Meteorologia, 23(2): 152–161. http://dx.doi.org/10.1590/S0102-77862008000200004

Mól D.F.F. (2010) Rubiaceae em um Remanescente de Floresta Atlântica no Rio Grande do Norte, Brasil. Dissertação de Mestrado, Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas. Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, Rio Grande do Norte.

Müller Argovensis J. (1875) Rubiaceae brasilienses novae. Flora, 58(30): 465–480.

Müller Argovensis J. (1881) Rubiaceae (p. 1–470). In: Martius C.F.P. (Ed.). Flora Brasiliensis, 6(5): 1–470.

Nepomuceno F.Á.A., Souza E.B., Nepomuceno I.V., Miguel L.M., Cabral E.L. & Loiola M.I.B. (2018) O gênero Borreria (Spermacoceae, Rubiaceae) no estado do Ceará, Brasil. Rodriguésia 69(2): 715–731. http://dx.doi.org/10.1590/2175-7860201869232

Pereira A.S. & Pereira M.S. (2018) Diversidade de Rubiaceae Juss. na Serra do Bongá, Alto Sertão Paraibano (p. 55–76). In: Oliveira, A.C. (Eds). Botânica aplicada. Ponta Grossa: Atena. 202 p.

Pereira M.S. & Barbosa M.R.V. (2004) A família Rubiaceae na Reserva Biológica Guaribas, Paraíba, Brasil. Subfamílias Antirheoideae, Cinchonoideae e Ixoroideae. Acta Botanica Brasilica, 18(2): 305–318. http://dx.doi.org/10.1590/S0102-33062004000200010

Pereira M.S. & Barbosa M.R.V. (2006) A família Rubiaceae na Reserva Biológica Guaribas, Paraíba, Brasil. Subfamília Rubioideae. Acta Botanica Brasilica, 20(2): 455–470. http://dx.doi.org/10.1590/S0102-33062006000200021

Pessoa M.C.R. & Barbosa M.R.V. (2012) A família Rubiaceae Juss. no Cariri Paraibano. Rodriguésia, 63(4): 1019–1037. http://dx.doi.org/10.1590/S2175-78602012000400017

Robbrecht E. (1988) Tropical woody Rubiaceae. Opera Botanica Belgica, 1: 1–271.

Schumann K. (1888) Rubiaceae (p. 1–123). In: Martius C.V.P. (Ed.). Flora Brasiliensis, 6(6): 1–123.

Schumann K. (1889) Rubiaceae (p. 124–466). In: Martius C.V.P. (Ed.). Flora Brasiliensis, 6(6): 124–466.

Silva C.M., Hrncir M., Queiroz R.T. & Imperatriz-Fonseca V.L. (2012) Guia de plantas: visitadas por abelhas na Caatinga. Fortaleza: Editora Fundação Brasil Cidadão. 99 p.

Souza B.E., Andrade I.M., Melo L.M.B. & Silva M.F.S. (2014) Rubiaceae do Município de Ilha Grande, Piauí, Brasil. Iheringia, 69(1): 155–165.

Souza B.I., Artigas R.C. & Lima R.V.L. (2015) Caatinga e Desertificação. Mercator, 14(1): 131–150. http://dx.doi.org/10.4215/RM2015.1401.0009

Souza E.B. & Sales M.F. (2004) O gênero Staelia Cham. & Schltdl. (Rubiaceae - Spermacoceae) no Estado de Pernambuco, Brasil. Acta Botanica Brasilica, 18(4): 919–926. http://dx.doi.org/10.1590/S0102-33062004000400023

Souza V.C., Flores T.B. & Lorenzi H. (2013) Introdução à botânica: morfologia. São Paulo: Instituto Plantarum da Flora. 223 p.

Stevens P.F. (2019 – onwards) Angiosperm Phylogeny Website. Version 14, July 2017 [and more or less continuously updated since]." Disponível em: http://www.mobot.org/MOBOT/research/

APweb/ (Acesso em: 18/04/2019).

Vidal W.N & Vidal M.R.R. (2003) Botânica-organografia: quadros sinóticos ilustrados de fanerógamos. 4° edição. Viçosa: UFV. 124 p.

Vellozo J.M.C. (1827) Rubiaceae (p. 62–68). In: Vellozo J.M.C. Florae Fluminensis. Volume 2. Paris: Pareeses. 156 p.

Zappi D.C., Barbosa M.R.V., Calió M.F., Jardim J.G., Pereira M.S. & Souza E.B. (2009) Rubiaceae (p. 449–461). In: Stehmann J.R. (Eds) Plantas da Floresta Atlântica. Rio de Janeiro. 515 p.

Publicado

2020-01-14

Número

Sección

CIÊNCIAS BIOLÓGICAS / BIOLOGICAL SCIENCES