Caracterização de mulheres que não procuraram o resultado do exame Papanicolaou em uma Unidade Básica de Saúde

Autores

  • Lyvia Maria Fernandes Universidade Federal de Campina Grande
  • Francisco Assis Cavalcante Junior Universidade Federal de Campina Grande
  • Rogéria Mônica Seixas Xavier de Abreu Universidade Regional do Cariri – campus Iguatu
  • Laurita da Silva Cartaxo Universidade Federal de Campina Grande
  • Marilena Maria de Souza Universidade Federal de Campina Grande

DOI:

https://doi.org/10.29215/pecen.v5i0.1641

Resumo

Este trabalho objetivou caracterizar as mulheres que não procuraram o resultado do exame Papanicolaou em uma Unidade Básica de Saúde no município de Cajazeiras – Paraíba, correlacionando os resultados com a idade, início da atividade sexual (IAS) e o número de parceiros, conforme resultados positivos e negativos para Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST). A amostra foi de 113 exames, coletados no período de janeiro de 2010 a dezembro de 2015. Verificou-se que a faixa etária que prevaleceu dentre os laudos positivos foi de 14–24 e de 36–46 anos, com 8 casos em cada; nos laudos negativos e mais um caso de alteração celular possivelmente não neoplásica, a faixa etária que prevaleceu foi de 25–35, com 25 casos. A média de idade do IAS em mulheres com resultados positivos e negativos foi 18.13 (±3.11) anos e 19.49 (±4.57) anos, respectivamente. Quanto ao número de parceiros sexuais, nos resultados positivos a média foi 2.03 (±1.37) parceiros, e nos negativos foi 1.72 (±1.21). Logo, o perfil de mulheres com idade inferior a 24 anos, IAS precoce e maior número de parceiros teve maior frequência nos laudos positivos para IST, estabelecendo uma relação entre estes fatores e a sua prevalência.

Palavras chave: Papanicolau, IST, câncer de colo uterino, medicina preventiva.

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Publicado

04-03-2021

Edição

Seção

CIÊNCIAS DA SAÚDE / HEALTH SCIENCES