O COLONIALISMO PRESENTE NA EDUCAÇÃO PARA O TRABALHO E NA ESTRUTURA SINDICAL DO BRASIL (1930 A 1970)
DOI:
https://doi.org/10.56814/red.v1i1.1831Resumo
O ensaio aqui desenvolvido busca compreender as mudanças ocorridas na sociedade brasileira dos anos de 1930 a 1970, com ênfase na compreensão dos processos dialéticos de contradição entre o dominador e o dominado; entre a classe trabalhadora, seus meandros de formação e as novas faces do colonialismo que, revigorado sob a égide do assessoramento internacional, se reinventa, negando qualquer premissa que o conforma como forma arcaica superada. No bojo da construção de seus modos de ressurgimento, em especial o do sonho americano de liberdade e desenvolvimento para as nações necessitadas, analisamos, na era do governo de Getúlio Vargas e nas décadas imediatamente posteriores à 2ª Guerra, aspectos imprescindíveis da relação entre o governo, a força de trabalho e os recursos estratégicos usados na formação e no controle da mão de obra, destacando a engenharia dos procedimentos constitutivos da relação de legitimação do capital pelo seu agente indissociável: o colonialismo. Entre tais procedimentos, o acordo USAID-MEC, a parceria na criação da Companhia Siderúrgica Nacional em 1941, os convênios inerentes à educação tecnicista e o controle das normas de ordenamento da organização sindical. Com rigor, a análise advoga em favor de uma luta contrária à expropriação capitalista ou a qualquer assistencialismo internacional que enxergue nas nações latino-americanas apenas um ambiente político para fins de reprodução da ordem capitalista, afastado por inteiro dos processos de transformação social.Referências
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