CONTRA O ESQUECIMENTO E A DESMEMÓRIA: A LITERATURA AFRICANA NA SALA DE AULA
DOI:
https://doi.org/10.56814/red.v1i1.1829Resumo
Este estudo apresenta reflexões acerca dos diálogos entre literatura africana, história e cultura, objetivando mostrar como obras de autores como Manuel dos Santos Lima e João Melo realizam esse diálogo. O objetivo do artigo é propor uma leitura para narrativas desses autores de modo a discutir a contribuição estética e história de seus textos para a compreensão de Angola como nação e a relevância da abordagem dessas pobras na sala de aula. Entendemos que a função dada pelos escritores e intelectuais angolanos à literatura é a de um instrumento de registro histórico e linguístico e de perpetuação cultural do país, para além de denúncia e contestação de regimes de opressão vivenciados nesse espaço. Outrossim, a leitura de textos africanos de expressão portuguesa faz-se necessária para a formação intercultural do leitor, tomada de posicionamento político sobre processos (de)coloniais e ainda como artefato cultura capaz de contribuir para se evitar práticas de esquecimento e desmemória acerca de processos coloniais impostos pelo regime imperialista português.Referências
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