Melocactus violaceus Pfeiff. (Cactaceae) growth rate and abundance in a sandy terrace of Atlantic Rain Forest (REBIO Guaribas, Paraíba, Brazil)

Autores

  • Niviane Ferreira Lafite Universidade Estadual da Paraíba – Campus I
  • Cleber Ibraim Salimon Universidade Estadual da Paraíba – Campus V

DOI:

https://doi.org/10.29215/pecen.v4i0.1515

Resumo

Também conhecido como cacto botão, o Melocactus violaceus é uma espécie endêmica do Brasil, que ocorre do Rio Grande do Norte ao Rio de Janeiro. Habita florestas úmidas (Mata Atlântica/restinga), campo rupestre ao Norte (cerrado) crescendo diretamente na areia em meio a arbustos na restinga, dunas ribeirinhas e tabuleiros da Mata Atlântica. Apesar de ter ampla distribuição e ocorrer em áreas protegidas, esta espécie é considerada pela International Union for Conservation of Nature (IUCN) como vulnerável. O objetivo do presente trabalho é estudar a abundância, distribuição de tamanho, e taxa de crescimento em uma população de Melocactus violaceus, que ocorre em tabuleiro numa área de Floresta Estacional Semidecidual, na Reserva Biológica (REBIO) Guaribas, Paraíba. Foram amostradas três fitofisionomias diferentes do tabuleiro, onde uma área é predominantemente fechada, a segunda é aberta, na sua grande parte, e por último em uma área onde predomina Lagenocarpus spp., conhecido popularmente como capim azul. Em cada fisionomia marcou-se 10 parcelas de 12.6 m2, com 20 m de distância entre cada uma, onde indivíduos foram marcados e mensurados. A espécie foi encontrada somente na área aberta, com densidade média de 1.46 ind.m-1 com média de crescimento (em diâmetro) anual dos indivíduos que sobreviveram ao longo de todo estudo foi de 1.76 ± 1.12 cm ao ano, com crescimento mínimo de 0.04 cm e crescimento máximo de 4.7 cm.

Palavras chave: Cacto botão, estrutura populacional, taxa de crescimento de cactus.

Referências

Almeida S. (2016) Enciclopédia Temática. Cactaceae, Família (Cactos). Available: http://knoow.net/ciencterravida/botanica/cactaceae-familia-catos/ (Accessed: March 2017).

Brito K.S., Oliveira H.M.F., Melo J.R.F., Morais C.G., Sá-Neto R.J. & Corrêa M.M. (2007) Efeito da Densidade da Cobertura Vegetal na População de Melocactus Conoideus (Cactaceae) no Parque Municipal Serra Do Periperi. In: Anais do VIII Congresso de Ecologia do Brasil. Caxambu, Minas Gerais.

Brasil (2006) Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis – IBAMA. Plano Operativo de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais na Reserva Biológica Guaribas. Mamanguape, Paraíba.

CNC Flora (2012) Melocactus violaceus subsp. ritteri in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora. Available: http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Melocactus violaceus subsp. ritteri./ (Accessed: March 2017).

Colaço M.A.S., Fonseca R.B.S., Lambert S.M., Machado C.G. & Borba E.L. (2006) Biologia reprodutiva de Melocactus glaucescens Buining & Brederoo e M. paucispinus G. Heimen & R. Paul (Cactaceae), na Chapada Diamantina, Nordeste do Brasil. Revista Brasileira de Botânica, 29(2): 239–249. https://doi.org/10.1590/S0100-84042006000200005

Embrapa (2014). Embrapa Tabuleiros Costeiros. Delimitação da área de atuação da Embrapa Tabuleiros Costeiros. Relatório Final. Aracaju, Sergipe.

Fabricante J.R. & Oliveira C.R.S. (2013) Estrutura populacional de Melocactus ernestii Vaupel subsp. ernestii (Cactaceae). Scientia Plena, 9: 1–8.

Fabricante J.R., Andrade L.A. & Marques F.J. (2010) Caracterização populacional de Melocactus zehntneri (Britton & Rose) Luetzelburg (Cactaceae) ocorrente em um inselbergue da Caatinga paraibana. Biotemas, 23(1): 61–67. https://doi.org/10.5007/2175-7925.2010v23n1p61

Fernández-Alonso J.L. & Xhonneux G. (2002) Novedades taxonómicas y sinopsis del género Melocatus Link e Otto (Cactaceae) en Colombia. Revista de la Academia Colombiana de Ciencias Exactas, Físicas y Naturales, 26: 353–365.

Figueira J.E.C., Vasconcellos-Neto J., Garcia M.A. & de Souza A.L.T. (1994) Saurocory in Melocactus violaceus (Cactaceae). Biotropica, 26(3): 295–301. https://doi.org/10.2307/2388850

Figueiredo M.S.L. (2016) Population Biology of the Melon Cactus Melocactus violaceus subsp. violaceus (Cacteceae) on a Brazilian Sandy Coastal Plain. Oecologia Australis, 20(1): 51–57. https://doi.org/10.4257/oeco.2016.2001.04

Freire H.P.L. (2013) Efeito do agrupamento espacial na taxa de crescimento e sobrevivência de Melocactus conoideus Buining & Brederoo (Cactaceae): uma espécie endêmica e ameaçada de extinção do Nordeste do Brasil. Dissertação (Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais). Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, Itapetinga, Bahia.

García-González A., Riverón-Giró F.B., González-Ramírez I.S., Domenech R.Y.E., Montero Y.H. & Verdecia E.P. (2016) Características poblacionales y ecología del endemismo cubano Melocactus nagyi (Cactaceae), en la Reserva Florística Manejada El Macío, Cuba. Revista Cubana de Ciencias Biológicas, 5: 33–42.

Gomes V.G.N., Quirino Z.G.M. & Machado I.C. (2014) Pollination and seed dispersal of Melocactus ernestii Vaupel subsp. ernestii (Cactaceae) by lizards: an example of double mutualism. Plant Biology, 16(2): 315–322. https://doi.org/10.1111/plb.12063

Hughes F.M., De La Cruz M., Romão R.L. & De Castro M.S. (2011) Dinâmica espaço-temporal de Melocactus ernestii subsp. Ernestii (Cactaceae) no Nordeste do Brasil. Revista Brasileira de Botânica, 34(3): 389–402. https://doi.org/10.1590/S0100-84042011000300012

IUCN (2013) The IUCN Red List of Threatened Species. Version 2016-3. Available: www.iucnredlist.org (Acessed 16 April 2017).

Lone A.B., Takahashi L.S.A., Faria R.T. & Destro D. (2009) Desenvolvimento vegetativo de Melocactus bahiensis (Cactaceae) sob diferentes níveis de sombreamento. Revista Ceres, 56(2): 199–203.

Nassar J.M., Ramirez N., Lampo M., Gonzalez J.A., Casado R. & Nava F. (2007) Reproductive biology and mating system estimates of two Andean Melocacti, Melocactus schatzlii and M. andinus (Cactaceae). Annals of Botany, 99(1): 29–38. https://doi.org/10.1093/aob/mcl229

Silk W.K. (1984) Quantitative descriptions of development. Annual Review of Plant Physiology, 35(1): 479–518. https://doi.org/10.1146/annurev.pp.35.060184.002403

Taylor N.P. (1991) The genus Melocactus (Cactaceae) in Central and South America. Bradleya, 9: 1–80. https://doi.org/10.25223/brad.n9.1991.a1

Xavier M.A. & Dias E.J.R. (2015) First record of the Brazilian restinga lizard Tropidurus hygomi ingesting a fruit of Melocactus violaceus (Cactaceae). Herpetology Notes, 8: 437–438.

Zamith L.R., Cruz D.D. & Richers B.T.T. (2013) The effect of temperature on the germination of Melocactus violaceus Pfeiff. (Cactaceae), a threatened species in restinga sandy coastal plain of Brazil. Anais da Acadêmia Brasileira de Ciências, 85(2): 615–622.

https://doi.org/10.1590/S0001-37652013000200010

Zappi D., Taylor N., Silva S.R., Machado M., Moraes E.M., Calvente A., Cruz B., Correia D., Larocca J., Assis J.G.A., Aona L., Menezes M.O.T., Meiado M., Marchi M.N., Santos M.R., Bellintani M., Coelho P., Nahoum P.I. & Resend S. (2011) Plano de ação nacional para a conservação das Cactáceas. Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade. Brasília: ICMBio. Available: http://www.icmbio.gov.br/portal/images/stories/docs-plano-de-acao/pan_cactaceas/livro_cactaceas_web.pdf. (Accessed: April 2019).

Downloads

Publicado

05-10-2020

Edição

Seção

CIÊNCIAS BIOLÓGICAS / BIOLOGICAL SCIENCES