Neoplasia maligna da mama: perfil dos óbitos de pacientes no estado de Alagoas (Brasil) entre 2014–2020

Autores

  • Elinadja Targino do Nascimento Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas

DOI:

https://doi.org/10.29215/pecen.v5i0.1628

Resumo

O surgimento da neoplasia maligna da mama decorre da interação de fatores genéticos e ambientais. A indicativa ocorre de rotina, anualmente, com início a partir dos 40 anos de idade em todas as mulheres sem fatores de risco. O objetivo da pesquisa foi analisar a morbimortalidade de mulheres com neoplasia maligna da mama, que decorreram a óbito, de janeiro de 2014 a agosto de 2020. Trata-se de um estudo transversal, retrospectivo e exploratório. A população do estudo foi composta por todos os casos de morbimortalidade hospitalar por neoplasia maligna da mama a partir de 40 anos, que foram a óbito em Alagoas no período supracitado, disponíveis no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) e no Sistema de Informação Hospitalar (SIH). Com isso, em Alagoas, entre janeiro de 2014 e agosto de 2020 foram notificados 473 óbitos dos casos de neoplasia maligna da mama. Destes, 88 (18.6%) entre 50 a 54 anos; 370 (78.2%) possuindo caráter de emergência; e 345 (72.9%) de cor/raça parda. Portanto, diante do exposto, tais indicadores demonstram que a morbimortalidade poderia ser evitada ao se verificar que a maioria dos óbitos registrados no sistema foram de caráter de urgência.

Palavras chave: Neoplasia, SINAN, epidemiologia, saúde pública.

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Publicado

04-03-2021

Edição

Seção

CIÊNCIAS DA SAÚDE / HEALTH SCIENCES